Antigamente, pensava-se que a liderança era uma característica genética, sendo que alguns indivíduos nasciam com essa característica. Nas sociedades simples dos tempos antigos, se alguém tinha a capacidade de tomar a iniciativa e de inspirar os seus pares poderia obter poder. E após esse feito, o poder tinha a tendência de residir naquela pessoa, a menos que um oponente muito forte conseguisse derrubar o detentor do poder.
Os chefes tribais e, mais tarde os reis, conseguiam perpetuar o seu poder ao longo das gerações porque os seus súbditos acreditavam que a liderança era herdade e também porque era difícil desafiar o centro de poder estabelecido.

Liderança nas Sociedades do Conhecimento

Quando as sociedades se tornam mais complexas, as pessoas são confrontadas por situações cada vez mais variadas. A liderança envolve muito mais do que simplesmente inspirar um grupo a guerrear com uma tribo vizinha. Em muitas situações, o know-how foi o mais importante. Alguém com uma especialidade saberá o que fazer em situações especializadas que exigem conhecimento de causa e essa liderança situacional tornou-se bastante importante.

Os académicos também começaram a considerar os factores específicos que conduzem a um desempenho de liderança bem sucedido. Observaram algumas características comuns da liderança, que incluem:

•Identificar as coisas correctas que precisavam de ser feitas;
•Tomar a iniciativa para pôr as coisas em movimento;
•Inspirar confiança nos outros sobre as suas capacidades;
•Suster o impulso até alcançar os objectivos.
Estilos de liderança

Uma coisa em que os observadores repararam foi que, ao passo que a liderança implica alguns factores comuns como os mencionados anteriormente, os próprios lideres têm, muitas vezes, estilos muito diferentes de funcionamento. Os seguintes estilos gerais saíram destacados:

•Autoritário: alguns líderes tendem a tomar decisões sem consultar os outros e exigem uma obediência rigorosa por parte dos seus seguidores. Têm a tendência de utilizar a valorização e os castigos pessoais para levar os seus seguidores a fazer aquilo que querem.
•Democrático: os líderes democráticos tendem a encorajar as discussões em grupo que ofereçam reflexão sobre os diferentes aspectos de uma situação. As decisões são tomadas de forma colectiva e os membros têm o direito de dividir o trabalho entre si. As recompensas e as críticas tendem a ser mais objectivas.
•Laissez-faire: os líderes laxistas permitem a total liberdade dos seus seguidores, que decidem não apenas a divisão do trabalho mas até mesmo as políticas a utilizar. O líder não interfere a menos que os seus conselhos sejam pedidos. Este tipo de liderança pode funcionar bem quando os seguidores são pessoas instruídas e maduras, sendo que líder deverá possuir algum tipo de especialidade.


A liderança é altamente relevante no contexto da gestão empresarial, onde é preciso tomar as decisões correctas e onde os gestores lideram, normalmente, uma equipa de subordinados, todos a trabalhar para um objectivo comum. Alguns estudos sobre gestão identificaram diferentes estilos de liderança que têm mais relevância no contexto de gestão empresarial. O modelo de Blake e Mouton de liderança identifica dois grandes tipos de gestores, aqueles com foco em níveis de produção, e aquelas com um foco nas pessoas.

O modelo de Blake e Mouton de liderança identifica dois tipos gerais de gestores, os que focam os níveis de produção e os que focam as pessoas.

O modelo é constituído por:

•Gestores indiferentes que não se interessam nem pela produção nem pelas pessoas. A sua principal preocupação é a prevenção de erros/problemas e arrecadar com as consequências. Procuram proteger-se a si próprios e assim seguem as práticas instituídas, provocando, assim, uma falta de inovação.
•Os gestores que se acomodam preocupam-se bastante com as pessoas e têm a tendência de garantir que os seus subordinados têm um ambiente de trabalho seguro e confortável. Os gestores esperam que este enfoque leve naturalmente a um desempenho mais elevado, o que nem sempre acontece.
•Os gestores ditadores preocupam-se primariamente com a produtividade e têm a tendência de utilizar o dinheiro, as regras e os castigos para obter o máximo dos seus subordinados. Embora não seja muito popular, este estilo de liderança é, muitas vezes, o melhor numa situação de crise ou quando a empresa está prestes a falhar.
•Os gestores do status quo procuram equilibrar os objectivos da empresa e as necessidades dos empregados sem serem capazes de alcançar nenhum dos dois de forma satisfatória.
•Os Gestores saudáveis preocupam-se quer com a produtividade quer com as pessoas. São bem sucedidos em fazer com que os empregados se sintam uma parte integral da organização e criam equipas que trabalham com uma noção de compromisso, na direcção da visão da empresa.
•Os gestores oportunistas não se preocupam nem com a produtividade nem com as pessoas, apenas com o benefício próprio. Utilizam tácticas de exploração e manipulação em prol dos seus objectivos pessoais.
•Os gestores paternalistas são caracterizados por uma enorme relutância em tolerar desafios à forma como pensam. Tendem a utilizar a valorização e o apoio para obterem aquilo que querem, que tende a flutuar entre produção e enfoque nas pessoas.
Os líderes tendem a utilizar diferentes abordagens tais como Delegação, Participação, Venda e Explicação para se adequarem ao ambiente que enfrentam, que incluem a natureza da tarefa, maturidade e competência dos seus subordinados, estilo organizacional e expectativas face ao desempenho. A gestão moderna passa por equiparmos os gestores com capacidades de liderança e por desenvolvermos um ambiente onde as contribuições dos empregados sejam utilizadas para benefício da empresa, tais como inovações no mercado.

Fonte: http://portal-gestao.com

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