Diferentes atitudes, decisões, pensamentos e idéias diferenciam as mulheres dos homens e ao que se vê, esta famosa competição tem sim o seu lado positivo, criando uma nova geração de executivas, realizadas na família e na carreira.

A mulher está se aprimorando cada vez mais em sua carreira, conseguindo conciliar com sua vida pessoal.

O Relatório sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil mostra que o trabalho da mulher é menos valorizado que o do homem. Em média, o salário das mulheres equivale a 63% do salário dos homens. E em geral as mulheres ocupam predominantemente funções de baixo salário e baixo prestígio.

As mulheres têm desempenho melhor que os homens no 1º grau de ensino e concluem o curso mais que eles (têm índice menor de evasão e repetência). Razões fundamentais: seu processo de socialização é mais parecido com a escola que o dos homens, o apelo do trabalho é menos forte.


As mulheres representam 17% dos membros dos comitês assessores e gestores da política de ciência e tecnologia; têm 31% das bolsas de pesquisa; são 32% dos recursos humanos em ciência e ensino; publicam 32% dos artigos científicos em revistas nacionais e 27% nas internacionais; são autoras de 32% das teses defendidas; representam 37% dos mestrandos e 34% dos doutorandos no exterior.

Uma conclusão corrente é a de que o cidadão ou a cidadã com maior nível de escolaridade tem mais oportunidade de incluir-se no mercado de trabalho. Como afirma Lena Lavinas, em estudo recente, além da inclusão no mercado, constata-se uma significativa melhora entre as diferenças salariais. Entretanto, mesmo com o expressivo crescimento da mulher no mercado de trabalho, como já foi colocado, ainda não foram superados os obstáculos de acesso a cargos de chefia e diferenças salariais; estes, embora tenham diminuído desde os anos 90, ainda permanecem e significam que as mulheres aceitaram postos de trabalhos miseráveis para sobreviver com sua família, já que as taxas de desemprego feminino são significativamente maiores do que as da população masculina. As trabalhadoras brasileiras concentram-se nas atividades do setor de serviços; 80% delas são professoras, comerciárias, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde, mas o contingente feminino mais importante está concentrado no serviço doméstico remunerado, primeira ocupação das mulheres brasileiras. São negras cerca de 56% das domésticas e usufruem ainda os menores rendimentos da sociedade (Melo, 1998).

O desemprego tem atingido mais fortemente as mulheres, conforme dados da OIT (com base nos microdados da PNAD 2001). Hoje, o desemprego está em uma taxa de 11,7%, 31% superior a dos homens (7,4%).

O que vem sendo concluído com os estudos sobre a mulher é que ocorre evidentemente uma dificuldade em separar casa-fábrica ou vida pública-privada, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho, na população economicamente ativa.

Sejam as operárias de fábricas, as trabalhadoras do comércio ou do campo, e outras, elas convivem com problemas de ordem privada que em muito dificultam seu desempenho como profissional, suas necessidades de qualificação e requalificação, afetando o cotidiano de toda família. No entanto, os homens dificilmente consideram tais problemas também como parte de sua vida. São dificuldades que, embora internas a questões da vida familiar, refletem sobre as condições de exploração da força de trabalho - apresentando-se, de fato, como um problema coletivo, tomando caráter público - como é o caso da não existência de infra-estrutura (creches, restaurantes, lavanderias, etc.), que apoiariam a saída para o trabalho.

Apesar de tantas dificuldades encontradas, a mulher vem tomando destaque, particularmente como empreendedora, que representa cerca de 48% da mulher brasileira contra uma média de 40% da mulher na população mundial. Em recente pesquisa realizada pela Universidade Potiguar (João Pessoa/PB), conclui-se que as mulheres detêm a maioria das características empreendedoras e suas habilidades são seu maior potencial, atrelados à capacidade de diversificação.

A mulher vem conquistando cada vez mais o seu espaço nos negócios. A mulher possui maior sensibilidade e tem um jeito diferente de lidar com os seus negócios, possui maior capacidade de gerir e gerenciar. A durabilidade do negócio da mulher é maior e ela pode competir de igual para igual com o homem, ou até melhor, em muitos setores.

A mulher corre risco de forma mais planejada e calculada, enquanto que os homens são mais “afoitos”. A mulher pesquisa, vai atrás, está buscando mais informações. A mulher se descobriu empreendedora.

* Celiane Gonçalves – Nutricionista, com 14 anos de experiência na área de marketing. Possui MBA Executivo em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, Imunologia e Nutrição Clínica na UFPR. É Assessora de Marketing na Nutro Clínica. Atua como conferencista em cursos de Graduação, Pós Graduação (PR, SC, MG e SP) e treinamentos e cursos “in company".
Fonte:http://www.celianegoncalves.com

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