Por um natal ecológico

terça-feira, 22 de dezembro de 2009


Você pode ver o Natal uma festa religiosa – a mais importante efeméride do cristianismo – comemorando-o de forma meditativa e respeitosa, naturalmente alegre, pelo seu significado de promessa renovada de uma Nova Era, mais promissora para a humanidade.
Ou você pode ser ateu e ver no Natal uma data de congraçamento, de reunião da família, de reencontro de amigos, de despojamento das pequenas diferenças que eventualmente tenham anuviado, durante o ano, o espírito de solidariedade, comunhão e colaboração que deveria presidir sempre a todos os nossos atos sociais e familiares.
Ou você pode ser apenas um pragmático e ver na data do Natal simplesmente uma boa ocasião para o descanso e a meditação, isolamento e introspecção, uma oportunidade de auto-avaliação, de crítica de eventuais erros cometidos e de planos para a obtenção futura de melhores resultados...
Mas o que você não pode – ou pelo menos não deve fazer – é ver o Natal um momento de aborrecida infelicitação, representado por obrigações indeclináveis de comprar presente – independente da vontade de presentear;
...de visitas amigos – independente do desejo de encontrá-los;
... de reatar velhos conhecimentos – apenas pelos benefícios e vantagens que possam lhe trazer;
... de exibir riqueza, poder, esbanjamento em festas espetaculares que não lhe trarão nenhum prazer e que – pode estar certo – não criarão, perante o seus semelhantes, nenhuma admiração genuína, mas apenas o despeito que é sempre causado pela ostentação ruidosa.
O que você não pode – ou não deve fazer, finalmente -, é esbanjar o que os outros têm pouco; jogar no lixo o que poderia saciar a fome de alguns; malbaratar o que aos outros custa muito conseguir; destruir o equilíbrio das relações sociais e familiares pela imposição de opiniões destrutivas, pela oposição de idéias criativas, pelo derrotismo e pelo autoritarismo...
O Natal é a oportunidade que temos, anualmente, de reconstituir o nosso Ambiente Familiar e Social!
Bom Natal a todos.

(o Prof. Samuel Murgel Branco escreveu este artigo para programa de rádio em 14 de novembro de 2003, duas semanas antes de seu falecimento. A publicação dessa crônica, além de sua beleza e profundidade, tem também a intenção de render uma singela homenagem á sua memória – Alexandre Pelegi)

Por: Samuel Murgel Branco
Fonte: http://www.via6.com

Quem tem medo de 2010?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Todos os indicadores econômicos são favoráveis neste final de 2009. E os dados da economia apontam para um 2010 com crescimento. Crescem os investimentos externos e o crédito disponível em níveis recordes. O nível de emprego parou de cair. A produção industrial tem crescido. Até a poupança interna mostra sinais de melhora. A classe média assume um papel preponderante no mercado. Um novo consumidor surge com grande avidez e exigências nunca vistas.
O mundo todo está falando, estudando e procurando conhecer melhor os chamados BRIC countries – Brasil, Rússia, Índia e China. Em qualquer universidade estrangeira que se estude ou lecione, só se ouve falar nos BRIC. Muitas universidades e pensadores querem trocar a Rússia pela Indonésia, falando em BIIC’s, mas nenhum pensador sério fala em tirar o Brasil dessa lista.
E, quem tiver uma visão desapaixonada e crítica, e não for na onda só dos especuladores financeiros, vai chegar à mesma conclusão que vários estudiosos estão chegando e que nós vimos dizendo já há alguns anos(*). A China tem tido um crescimento espetacular. Mas é preciso considerar que a base sobre a qual esse crescimento é medido era muito baixa e pobre. Além disso, é preciso considerar os aspectos jurídicos, políticos, de idioma, de ausência de democracia, antes de pensar na China a longo prazo. Como será a China quando a sua população exigir um governo democrático? Como ficarão os custos de produção quando os trabalhadores chineses exigirem seguridade social, saúde, participação nos resultados? O que fazer com os 800 milhões de campesinos no mais atrasado estado de desenvolvimento agrícola? Estas e outras questões invadem as salas das universidades do mundo inteiro.
Será a Índia mais fácil? Vamos nos lembrar que há mais de 1.652 dialetos na Índia, 325 idiomas sendo 22 idiomas oficiais. 22% dos miseráveis do mundo estão na Índia e um complexo sistema de castas difícil de ser compreendido pelos ocidentais. Assim, montar uma indústria na Índia é uma tarefa hercúlea. Há áreas (clusters) de grande desenvolvimento como Bangalore no ramo da tecnologia. Mas a Índia como um todo é um dos mais complexos países do mundo.
Dos BRIC’s, o Brasil é o único país ocidental, com sistema jurídico conhecido com base no direito romano. Os costumes, o idioma, o modo de viver é bastante semelhante ao dos grandes países investidores, os chamados G6 – Estados Unidos, alguns países europeus e Japão. A mão-de-obra brasileira, quando treinada, tem mostrado ser capaz de altos índices de produtividade, comparáveis aos do primeiro mundo. O mercado interno é muito atrativo. Somos um dos maiores mercados do mundo e a oitava maior economia dentre os 192 países que compõem a ONU. Até geograficamente somos privilegiados.
Com tudo isso, sem dúvida, o Brasil irá se consolidar como um dos mais atraentes destinos para o capital internacional e se tornar uma das mais importantes plataformas exportadoras do século XXI. Montar uma fábrica no Brasil é, em relação aos demais países e com perspectiva de longo prazo, mais fácil e seguro, mesmo com o chamado “custo Brasil” e com os problemas que temos em nosso sistema portuário e de infraestrutura. É bom lembrar que somos uma democracia e que nossas conquistas econômicas e sociais foram feitas democraticamente.
Assim, terá medo de 2010, o empresário que não acreditar em nossas possibilidades e ficar esperando para ver o que irá acontecer. Terá medo de 2010 o profissional que não se especializar para se tornar a cada dia mais excelente no que faz. Terá medo de 2010 o estudante que não estudar e ainda acreditar que poderá “empurrar com a barriga” o seu curso e que seu diploma resolverá todos os problemas de emprego. Terá medo de 2010 aquele empresário que não compreender que qualidade, produtividade, extrema preocupação com custos, política de caixa, simplicidade, tecnologia e gente excelente são hoje os fundamentos do sucesso.
Terão medo de 2010 os acomodados, os que vivem procurando culpados para o seu fracasso. Terão medo de 2010 os que vêem todas as vantagens e aspectos positivos de outros países e só enxergam as mazelas e as negatividades do Brasil. Enfim, terão medo de 2010 os mesmos que sempre buscaram uma explicação externa para seu fracasso. Os mesmos; os de sempre....
Pense nisso. Sucesso! Feliz 2010!
Fonte: http://www.anthropos.com.br/

Chegamos ao final de mais um ano, e junto chegaram as festas também: Natal, Reveillon, confraternizações de empresas e de amigos, e ainda alguns aniversários e casamentos. São muitas ocupações em um mesmo mês! Sem contar que o trânsito fica mais complicado, as lojas e estaci onamentos lotados, e as pessoas totalmente sem paciência.

Para amenizar um pouquinho esta situação devemos nos programar; fazer listas daquilo que temos que providenciar e tentar realizar nossas “tarefas” logo nas primeiras semanas, ou então até o dia 20. Após este dia tudo fica muito mais complicado e não encontramos mais nada.

Listamos algumas perguntas que podem fazer parte de suas “preocupações natalinas”, e assim pretendemos fazer com que vocês possam realmente aproveitar as festas de final de ano.


- De que forma devemos proceder quando tiramos o nosso chefe como amigo secreto, e ele não nos der sugestões de presentes?

Isto não é nem um “bicho de sete cabeças”; temos que agir naturalmente, principalmente porque a brincadeira de amigo secreto foi instituída para que todos possam se confraternizar e se presentear dentro de uma sociedade ou de uma empresa, sem contudo onerar demasiadamente .

Neste caso, temos duas alternativas: perguntarmos para uma pessoa mais próxima a ele dentro da empresa quais são seus gostos, e assim definirmos o que dar; a outra opção é comprarmos os clássicos presentes – gravata, artigos para escritório, bombons, bebidas, livros e até mesmo um CD mais clássico.


- Posso levar alguém comigo na festa de final de ano da empresa em que trabalho? Fica chato?

Bem, a princípio eu diria que não podemos, pois como o próprio nome já diz, a festa é para a confraternização entre as pessoas daquela empresa; um convidado seu, e que não faz parte do “staff “, acabaria até mesmo intimidando as pessoas. E mais, as empresas também não vêem isto com bons olhos!

Nós mesmos ficaríamos em situação delicada, tendo que dar atenção a esta pessoa e ao mesmo tempo querendo compartilhar com os colegas aquele momento.

Se você estiver com hóspedes justamente no dia da festa e não tiver com quem deixa-los por algumas horas, é melhor não ir à festa do que leva-los consigo.


- A empresa de meu marido dará uma festa de confraternização que pede a presença do casal. Não conheço ninguém, o traje não foi especificado: o que devo fazer? Ir, não ir, com que roupa?

Estas festas costumam ser muito animadas, e mesmo que você não conheça ninguém, logo ficará conhecendo. Vocês provavelmente sentarão com pessoas amigas de seu marido, e assim você estará também entre amigos. Não há motivos para você não ir, pode ser muito mais simples do que você pensa.

Quanto ao traje, seu marido poderá “pesquisar” dentro da empresa que tipo de festa será, ou ainda conversar com as colegas de trabalho, procurando saber o estilo de roupa com que irão. Se nada disso der certo, pode ter certeza que com um vestido “tubinho” ( o dito “pretinho básico”), ou ainda um terninho você estará bem vestida se a festa for à noite.


-Como proceder quando recebemos mais de um convite para a mesma noite? Temos que aceitar um ou podemos passar em todos?

Vai depender muito do tipo de festas para as quais fomos convidados. Se for um jantar sentado, com confirmação antecipada, teremos que recusar delicadamente os demais convites. Se forem festas informais e grandes, podemos dar uma passadinha em cada uma. Ao deixarmos uma festa que tem muitos convidados não existe a necessidade de procurar a dona da casa para despedir-nos.

Fonte: http://www.umtoquedemotivacao.com.br

Bom humor, mau colesterol

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


Ela sorriu para mim, por isso decidi levá-la para jantar. Não é sempre que a gente encontra um sorriso assim, muito menos em um supermercado. Tive sorte. Se ela não tivesse sorrido, aquele jantar não teria acontecido.

Um sorriso faz toda a diferença, especialmente no atendimento ao cliente. Ficam excluídos desta obrigação coveiros, carcereiros e proctologistas. Porém, na grande maioria dos casos, o sorriso sempre será bem-vindo e até obrigatório.

Mas como sorrir quando é obrigação? Com a atitude mental adequada, o que você obtém quando aprende a rir de si mesmo e das circunstâncias. Sim, porque o sorrir é um gentil subproduto do rir de si mesmo, uma das técnicas utilizadas para se fazer humor.

Humor é como colesterol: tem do bom e do ruim. O pior humor, e também o mais fácil de se produzir, é o que apela para a linguagem chula, muito usada nos tempos da ditadura e da censura. O pessoal pagava para ir ao teatro rir de palavrão e chamava aquilo de cultura.

Uma variação moderna é a dos programas humorísticos de TV para a terceira idade, ricos em sexo, malícia e colesterol, mas pobres em cenários: quando não é na praça, é na sala de aula.

O humor chulo também é comum entre compositores de funk, pagode ou axé, sei lá, que gostam de brincar com cacófatos. Geralmente quem faz esse tipo de humor, e o público que o aprecia, não sabe o que é cacófato.

Subindo na escala encontramos o "humor às custas do outro", que escolhe uma vítima para debochar. Como acabo de fazer com os compositores de funk, pagode ou axé, sei lá. Esta técnica faz o humorista e sua plateia se sentirem superiores, o que pode ser muito engraçado ou não passar de um patético deboche infundado para chamar a atenção.

Foi o caso do ator Robin Williams na entrevista que deu ao David Letterman. De uma tacada só ele debochou da Oprah, da Michelle Obama e da Pátria Amada, ao comentar a vitória do Brasil para hospedar as Olimpíadas:

“Chicago enviou a Oprah e a Michelle. O Brasil mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Não foi uma competição justa”, insinuou Robin Williams enquanto a plateia obedecia ao sinal luminoso que dizia "LAUGH".

O humor seguinte na escala é aquele que faz do próprio humorista a vítima. Quando rio de mim mesmo, eu me fragilizo e me torno deliberadamente vulnerável. É por isso que costumo abrir minhas palestras sorrindo de forma ampla, geral e irrestrita. O público que acha graça, logo entra na minha. O público que não acha, pensa que eu sou bobo e me olha com um olhar caridoso de quem diz: "Ok, vamos dar uma chance a ele".

É esse o humor das pessoas de bom humor, que não têm medo de se expor ao ridículo ou de rir de circunstâncias que, para outras, teria o efeito de uma TPM das bravas. Como diz o ditado, "quem ri de si seus males espanta". Tudo bem, esta é a versão para quem nem cantar sabe.

Finalmente, a forma mais inteligente, nobre e saudável de se fazer humor é quando o humorista transforma a si mesmo e a toda a plateia em vítimas. São as situações nas quais todos, sem exceção, se enxergam ridículos e acabam rindo um riso companheiro e solidário. É como se todos andassem na rua distraídos e batessem a cabeça no mesmo poste ao mesmo tempo.

Este é o humor que desopila o fígado, alivia as tensões e une as pessoas, ao invés de separá-las. É o humor que se transforma em um sorriso duradouro e contagiante, como o sorriso com que ela sorriu para mim na seção de frios do supermercado.

Seus olhos negros como azeitonas, sua pele de um branco que lembrava mussarela, seus cabelos dourados como queijo cheddar e lábios carnudos e vermelhos como uma fatia de salame me fizeram salivar.

A balconista me observava sorridente, enquanto eu a parabenizava por sua criatividade. Coloquei no carrinho a pizza com cara de moça que a balconista criara, e fui para casa jantar bom humor e mau colesterol.

Por: Mario Persona
Fonte: http://www.administradores.com.br

A venda como um evento

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Quem é convidado para fazer uma palestra, provavelmente, vai planejá-la da melhor forma para que o evento fique marcado como um acontecimento na memória dos participantes.
Um evento, para ser impactante, deve caracterizar-se pela originalidade e criar sensações agradáveis nas pessoas. Se o objetivo for gerar motivação, promover aprendizagem ou provocar decisões e mudanças, ele deve ser estrategicamente organizado para proporcionar prazer e envolver intelectualmente os presentes, criando máxima interação entre eles.
Esse método funciona também para fazer apresentações motivadoras, especialmente nas vendas complexas e naquelas que envolvem grupos de pessoas que decidem. Pode ser utilizado para criar impressões e sentimentos favoráveis sobre os benefícios da proposta e também a respeito da maneira como é conduzida a negociação. Para tanto, é necessário transcender a mesmice das apresentações rotinizadas e conduzir a reunião como um acontecimento impactante, apresentando para o cliente uma proposta que, aos olhos dele, se apresente como algo ?exclusivo?.
Para criar uma apresentação motivadora, ao planejar a reunião, além de conhecer os problemas, necessidades e expectativas do cliente, o vendedor deve identificar um ?conceito? que favoreça a argumentação/apresentação para impressionar os participantes da reunião. Os conceitos que mais sensibilizam estão ligados aos seguintes atributos da proposta: tecnologia, interatividade/conectividade, confiabilidade, relacionamento, qualidade, segurança, diferenciação, assessoria especializada, um serviço eventual ou permanente, imagem de marca, ou uma combinação de todos esses atributos.
Para optar pelo conceito que vai nortear sua apresentação motivadora, o vendedor deve saber ?o que o cliente quer que o produto/serviço faça por ele ou para ele?? e, ?o que o cliente pretende evitar que aconteça se fizer a compra??. Portanto, ao se preparar para vender, a pergunta mais importante que o vendedor deve se fazer é: ?qual é a sensação que o cliente terá fazendo negócio comigo e com minha empresa??. A partir da resposta a essa indagação é que ele vai criar uma apresentação para sensibilizar e envolver os presentes na reunião.
Se o propósito é o de criar uma reunião de vendas como um evento, o vendedor deve considerar seus próprios objetivos e os objetivos da empresa-cliente. Uma vez marcada a reunião, seu trabalho é o de organizar um ?evento? para revestir sua apresentação de relevância e inovação para ser impactante e convincente. Para que isso ocorra, ele deve saber: quem vai participar da reunião (quem compra, quem usa, quem influencia, e quem decide), ou seja, como é a ?política organizacional de compras? daquela organização.
Fazem parte do conjunto de atrações do evento-venda: o ?cenário? da reunião, que envolve o local e a ambientação da reunião (como um Show Room se necessário), os recursos multimídia que serão utilizados, a opção por um método de apresentação que envolva o cliente e promova sua participação. Às vezes, pode ser necessário uma simulação, um teste ou uma exibição, uma maquete, uma pesquisa, depoimentos gravados, um conjunto de peças gráficas ou para uso na mídia eletrônica para demonstrar os resultados esperados, ou qualquer outro meio que demonstre e clarifique para o cliente os benefícios da proposta. O importante é que o evento seja significativo e memorável e que promova a decisão de compra.

Por: Lupércio Hilsdorf, palestrante em Vendas, Marketing e Negociação. Especializado em Marketing pela Pace University de Nova Iorque. Foi professor da ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing e da ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil. Atua para as mais significativas empresas do país.
Fonte: http://www.carloshilsdorf.com.br


Atualmente, um assunto aparentemente novo tem circulado nos meios organizacionais. Trata-se do assédio moral, já discutido em sua vertente sexual mas só recentemente dimensionado nessa nova direção.
Por assédio, entende-se o ato de importunar um indivíduo, molestando-o e hostilizando-o com insistência para atingir objetivos próprios. Falamos, aqui, de uma prática antiga e perversa do poder que atinge a auto-estima daqueles que são submetidos a ela, reduzindo seu potencial criativo. É o mau uso da autoridade, ou melhor, o abuso do autoritarismo que, agora, ganha um nome: assédio moral.

A sociedade despertou para o assunto com a publicação do livro "Assédio Moral - A violência perversa no cotidiano" - Ed. Bertrand Brasil, da psiquiatra Marie France Hirigoyen.
São inúmeros os danos causados ao estado físico-emocional daqueles que sofrem o assédio: alterações do sono, distúrbios alimentares. diminuição da libido, aumento da pressão arterial, desânimo, insegurança, entre outros, podendo acarretar em quadros como o pânico e a depressão.
Aquele que comete o assédio parece encontrar em sua vítima uma via de ascenção e afirmação de seu poder e superioridade. É o exemplo de chefes que gritam e humilham seus subordinados, professores que ridicularizam e constrangem seus alunos, pais que desrespeitam e agridem seus filhos com palavras ou gestos, cônjuges que menosprezam seus companheiros, etc...

Analisar os motivos que fazem de um indivíduo "agressor" ou "vítima", torna-se necessário para um melhor entendimento dessa questão.
Detendo-nos em uma simples reflexão, poderemos observar que se o agressor necessita humilhar o outro para afirmar-se enquanto poder, ele mesmo já está revelando o quanto teme o poder de sua vítima e o quanto desconfia da sua competência. Des-confiar significa sem confiança que, por sua vez, implica em não contar com o aval do outro - com-fiança. Esse aval é o que legitima nossa credibilidade e competência. Se não acreditamos em nossa capacidade, aptidão e idoneidade para resolver os assuntos que nos competem, então, a ação tem que ser no grito, na opressão e humilhação do outro, porque na desvalorização do outro pode-se encobrir a nossa fragilidade e indigência.

Autoridade e autoritarismo não são a mesma coisa.
O autoritário age com vistas na dominação do outro, aprisionando-o para que ele não constitua ameaça à sua frágil confiança. A autoridade, por sua vez, age com poder legítimo, ou seja, consciente de suas competências, conhecimentos, possibilidades e limitações, propiciando ao outro o espaço de liberdade onde as coisas podem aparecer, serem criadas, desenvolvidas e transformadas.
Não podemos negar, entretanto, a existência de personalidades mórbidas, sustentadas por uma racionalidade destrutiva, onde o cuidar de si e do outro é amoral e perverso. Mas, dada a complexidade do assunto, fiquemos na abordagem filosófica do tema e suas provocações que muito contribuem para ampliar nosso horizonte existencial.
Muitos de nós temos uma conduta acomodada, acolhida pelo paternalismo no qual fomos educados e temos dificuldade de encarar e acreditar naquilo que vemos e sentimos mais intimamente. Não fomos encorajados a questionar e sim a aceitar o que nos é imposto através da cultura e dos valôres sociais.
Atualmente, a ameaça de desemprêgo, a crise econômica e a super valorização do ter sobre o ser tem gerado muitos agressores e muitas vítimas. Mas, como se costuma dizer: "Para todo sádico, sempre há um masoquista".

As supostas "vítimas" de assédio parecem optar pela cômoda posição de não ser responsável por seu destino; não tomam o gesto como uma ação que é sua; não percebem que optar por ser "vítima", também, confere-lhes culpa e responsabilidade. Em outras palavras, é a vítima que alimenta o agressor.
Avaliando mais detida e realisticamente o que já foi dito, compreenderemos que não existem nem "vítimas" nem "agressores", ou melhor, nem culpados, nem inocentes. Todos nós somos capazes e responsáveis por como somos e vivemos. Citando Guimarães Rosa: "Tudo que acontece, carece e se merece".

Faz-se imprescindível, no entanto, um sério investimento no âmbito da Educação, onde o projeto maior seja o desenvolvimento do homem em sua credibilidade, senso-crítico, ética e respeito pelas idiossincrasias humanas.
A tarefa do homem é ser e fazer história. Poder ser é a liberdade fundamental para que não nos encerremos em cada ato, que não nos esgotemos em cada palavra. Seremos sempre responsáveis pelo nosso ser e vir a ser. A nossa construção, mais ninguém a fará. Nossa escolha sempre será solitariamente nossa.
Cabe-nos, então, cuidar de nós e do mundo para que nossa existência seja uma construção significativa, uma história que fará diferença e dará legitimidade a todo o nosso fazer.

Que possamos ser, simplesmente, homens que tem a vida como tarefa, infinitas possibilidades e um desejo enorme de acertar.
Por Lenize Freitas Lopes.
Fonte: http://www.precisa-se.com.br/

Dever comprido

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


Não, eu não errei o título. É "comprido" mesmo, de longo dia de trabalho e da sensação de ter cumprido com seu dever comprido. É dessa armadilha de quem trabalha por conta própria que quero falar. Mas antes um pouco de minha história para você compreender.

Ainda estudante, fui estagiário trabalhando de graça ou com participação em projetos. Formado em arquitetura, idealismo e macrobiótica, decidi mudar o mundo começando por Alto Paraíso de Goiás. Lá ensinava no ginásio local, enquanto aprendia a fazer partos, socorrer picados de cobra e criar galinhas. Isso quando não estava rachando lenha, plantando verdura ou pilotando carroça. Aquela experiência iria me ajudar a ter uma carreira eclética, eclética e eclética.

Três anos depois voltava à minha cidade para trabalhar de arquiteto em meu próprio escritório. Parece chique e seguro ser arquiteto com escritório próprio, mas aos 27 anos e com dois filhos pequenos para criar, minha experiência com galinhas ensinou-me a não colocar todos os ovos no mesmo cesto.

Enquanto arquiteto (odeio quando alguém diz "enquanto isso" e "enquanto aquilo, mas escrevi aqui só para odiar), eu representava uma empresa de portas e janelas e outra de aquecedores solares. Na década de 80 as pessoas sabiam o que eram portas e janelas, mas falar em aquecedor solar era falar Klingon, a língua alienígena de Jornada nas Estrelas.

Mas espere, tem mais! Sim, este "Espere, tem mais!", típico dos canais que vendem inutilidades domésticas, é bem a cara de minha outra atividade: vender autoclaves caríssimas em chás de madames, popularmente conhecidas por panelas. Não os chás de madames, as autoclaves. À noite e nos finais de semana eu fazia traduções para indústrias.

A ideia de nunca colocar todos os ovos numa mesma cesta é evitar que você acabe jantando omelete. Isto serve também para quem tem emprego fixo com aposentadoria garantida... na Enterprise, trabalhando para o Comandante Kirk. Sim, porque garantia de emprego também é ficção. Você não imagina quantos quarentões me escrevem pedindo dicas de carreira. Perderam o posto de gerente, diretor e até presidente da Enterprise quando Mr. Spock indicou um sobrinho alienígena mais jovem e barato para a posição.

Quando você trabalha por conta própria é importante manter ligado o medidor de viabilidade do negócio, para descobrir qual a taxa de sucesso que seu segmento oferece na prática. Tipo assim: para tantas visitas ou contatos, você consegue fechar tantos negócios e ter um rendimento de tanto. Se esse rendimento não for suficiente, é bom arranjar outras cestas.

Agora vem o conselho mais importante: Quando você trabalha de empregado, suar a camisa e viver ocupado pode até valer pontos, pois o salário está garantido. Mas quando trabalha por conta própria, o excesso de ocupação - seu "dever comprido" - faz você voltar para casa no fim do dia com a falsa sensação de dever cumprido. Se esteve o dia todo ocupado e voltou com nenhum ou menos dinheiro do que saiu, é melhor analisar sua atividade.

Por exemplo, se você vende sorvete a granel, o trabalho para conquistar um único cliente pode resultar na venda de uma tonelada. Mas, se vender sorvete de palito em carrinho, vai precisar trabalhar uma tonelada de clientes para ganhar a mesma coisa. O ideal é sempre descobrir como fazer mais com menos, e principalmente no lugar certo, pois você pode morar na Groenlândia e lá meu exemplo não funcionar.

Quando pequeno, meu filho não morava na Groenlândia, mas sua professora tratou com extrema frieza sua técnica de gastar menos para fazer mais, transformando um "dever comprido" em um dever mais curto. Acostumado a brincar em um computador com sistema operacional DOS, daqueles em que você usava um asterisco como "coringa" para procurar nomes de arquivos, o garoto levou a maior bronca quando a professora descobriu que as anotações em seu caderno eram mais ou menos assim:

"Em 22 de Abr* de 15*, Ped* Alv* Cab* desc* o Br*".

Por:Mario Persona
Fonte: http://www.mariopersona.com.br


UM BOM PROFISSIONAL É AQUELE QUE SABE FAZER SEU MARKETING PESSOAL

Receber propostas de grandes empresas, ser disputado pelo mercado de trabalho e ter cargos de chefia com poder de decisão é o sonho de todo profissional, em qualquer área. O termo que atualmente é utilizado por empresas para designar essa ‘cotação’ do profissional no mercado é grau de empregabilidade - ou capacidade de mostrar os talentos a ponto de ser requisitado e disputado pelo mercado. O que todos gostariam de saber é o que faz com que algumas pessoas tenham um alto grau de empregabilidade. Na verdade, estes profissionais têm um bom Marketing Pessoal.

Marketing Pessoal é um processo contínuo de conquistas, que gera a imagem que o profissional tem no mercado de trabalho. E para saber fazer o próprio Marketing, é preciso antes de mais nada saber se comunicar. Um bom profissional é aquele que sabe vender a própria imagem. E os mais valorizados são aqueles que sabem mostrar o próprio potencial, transmitem credibilidade e confiança, sabem persuadir e argumentar, têm estilo e presença marcantes e flexibilidade.

O Marketing Pessoal traz conquistas não só na vida profissional, mas também na área pessoal. O bom Marketing Pessoal está diretamente ligado à atitude do indivíduo. Não basta apenas gostar do que faz e fazer bem feito. É preciso projetar no mundo a sua imagem e, mais do que isso, ver a si próprio no futuro. A aparência, vestimenta, postura, voz, elegância e a confiança que o profissional tem em si e a forma como ele se expressa é que vão formar a sua atitude perante a vida e a sua imagem para o mundo.

Citamos como exemplo de bom Marketing Pessoal o de executivos que projetam a imagem de líderes modernos, ou seja, indivíduos que impõem respeitabilidade, credibilidade e confiabilidade.
O auto-conhecimento e o brilho pessoal são essenciais para um bom Marketing Pessoal. Para fazer uma auto-avaliação, aqui vão algumas dicas de perguntas que um profissional deve fazer a si mesmo:
• O que estou fazendo para promover a minha própria imagem?
• Estou atualmente buscando algum tipo de especialização ou aperfeiçoamento no que quero atingir?
• Até que ponto eu mostro o potencial que tenho
Fonte: http://guiadomarketing.powerminas.com

A gentileza no ambiente de trabalho

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


A maneira mais prática e imediata de melhorarmos o nosso ambiente de trabalho é desenvolver nas pessoas a gentileza.
Sei que o leitor pode achar isso uma grande bobagem. Mas não é. Se as pessoas forem mais gentis umas com as outras, menos agressivas e adotarem comportamentos mais civilizados, a qualidade de vida no ambiente de trabalho melhorará muito. Vejo empresas em que os colaboradores não se respeitam. Gritam uns com os outros. Falam mal de clientes, fornecedores e mesmo das chefias. Não cuidam da limpeza dos sanitários. A copa é suja e mal arrumada. As mesas entulhadas.
A gentileza, tomada em seu sentido mais amplo, significa respeito às pessoas, não só no modo de falar e agir, mas no cuidado com o ambiente. Num ambiente desprovido de gentileza, não pode haver prazer no trabalho. E trabalhar sem prazer é uma semi-escravidão.
Chefes gritam com subordinados. Subordinados respondem com palavras e gestos obscenos. A falta de respeito parece ter tomado conta de muitas empresas. O ambiente fica carregado do mau humor próprio das pessoas mal educadas.
Se sua empresa encontra-se nessa situação ou a caminho dela, é preciso, com urgência reverter esse quadro, antes que seja tarde demais. Quando discuto isso com alguns empresários, diretores, chefes e colaboradores, eles me dizem “aqui nesta empresa não há solução”. É preciso não acreditar nisso e buscar rapidamente o caminho da gentileza, do respeito, da educação, da limpeza, da ordem, da estética, pois são esses os símbolos da civilização e temos que desenvolver empresas civilizadas e não rudes, grossas, desprovidas de qualquer respeito aos colaboradores, fornecedores e clientes.
Não conheço nenhum ser humano, por mais pobre e simples que seja, que não queira ser bem tratado; que não goste de ser alvo de gentilezas, de um simples “obrigado”, “por favor”, “desculpe-me” ou “com licença”. Por mais rude que seja uma pessoa, ela se curvará, no mais íntimo de seu ser, a pessoas educadas, polidas, gentis.
Uma empresa gentil atrai e fideliza clientes. Uma empresa gentil atrai e retém os melhores talentos. Uma empresa gentil aproxima fornecedores de qualidade. Experimente e verá!
Faça em sua empresa um grande esforço para disseminar a idéia da gentileza entre as pessoas.
Pense nisso. Sucesso!
http://www.anthropos.com.br