Faz o que eles amam!

sexta-feira, 28 de maio de 2010



Voltei a ler isto a semana passada, "Faz aquilo de que gostas e o dinheiro vai chegar". E a autora não estava a falar de pouco dinheiro. Ela afirmava que se se fizer aquilo de que se gosta, ia haver muito dinheiro a parar-nos às mãos. Há alguma verdade no que ela diz, mas é qualquer coisa mais do estilo:


Se gostas do que fazes, vais estar atento e sentir curiosidade por isso. Vais estudar, aprender e passar mais tempo a fazê-lo. E toda essa paixão e atenção (amor) pelo que se faz vai levar a que seja bem sucedido no mercado de trabalho. Não acredite nisso.


I'd asked around 10 or 15 people for suggestions. Finally one lady friend asked the right question, ‘Well, what do you love most?' That's how I started painting money. - Andy Wharol
Uma história de dois artistas

Vincent van Gogh e Pablo Picasso foram dois dos artistas mais influentes dos tempos modernos; os seus quadros contam-se agora entre os mais populares e caros de entre o mundo das artes. Mas van Gogh morreu na miséria, enquanto que a propriedade de Picasso foi avaliada em mais de $750 milhões quando morreu. Segundo a opinião do Professor Gregory Berns, patente no seu livro "Iconoclast", esta disparidade deveu-se às capacidades superiores de Picasso em se relacionar. Ele sabia como se relacionar com - e acrescentar valor social à vida de - pessoas influentes, que, por seu turno, ajudaram a dar-lhe fama, reputação e zeros na conta.

Tanto Picasso como van Gogh sentiam imensa paixão pelo que faziam; amavam o trabalho. Mas Picasso sabia vender-se e van Gogh não. Picasso sabia como fazer os outros felizes; van Gogh fechava-se e tinha problemas com as relações. Se se quer que as pessoas nos procurem e falem da nossa marca, como Picasso fez, é preciso lembrar que o sucesso de produtos, serviços, entretenimento, ideias e arte depende do valor que se acrescenta à vida das pessoas. Valor que apela a duas emoções primárias; o desejo das pessoas em ser feliz e o desejo de evitar a infelicidade.



Tendo em conta que os cliente actuais estão assustados e desconfiados e que têm imensas escolhas num mercado repleto e muito confuso, o desejo de eliminar a infelicidade é o sentimento dominante. Ou, para ser mais exacto, é o desejo de eliminar o medo de ser infeliz que determina as decisões do mercado. O medo de perder tempo. O medo de perder dinheiro. O medo de ser deixado para trás. O medo de ser manipulado. O medo de estar enganado. O medo de parecer ridículo. O medo de sobressair. O medo de não sobressair. Medo. Medo. Medo.

Adore os seus clientes
Para prosperar - para que um negócio cresça e se faça dinheiro - é preciso eliminar os medos da concorrência. É preciso adorar o cliente, como os pais que mandam os filhos para a escola no primeiro dia. É preciso fazer tudo o que se pode para que se sintam aceites, especiais, seguros. Tem realmente muita sorte se, como a maior parte dos pais, adorar adorá-los. Não há nada melhor na vida. Mas não fique à espera de desfrutar de todos os minutos (pais, vocês sabem do que estou a falar).

Os seus afazeres e considerações - como a mãe que prepara o almoço do filho, ao mesmo tempo que faz o pequeno-almoço, corrige os trabalhos de casa e nunca se esquece de dar um grande e apertado abraço - vai oferecer conforto e auto-estima aos seus clientes. O seu medo e dor - como os pais que têm dois ou mais empregos para pagar uma segunda hipoteca, que vai acabar por ser usada para financiar a educação dos filhos - vai dar aos seus clientes uma sensação de conforto. Adiar a sua gratificação vai gratificar os seus clientes. O risco que corre hoje vai ser a recompense do cliente amanhã.

O marketing não é um processo complexo com soluções complexas; é simples. Não é fácil, atenção, mas é simples: Ajude os seus clientes a "sentirem-se" melhor do que os seus concorrentes fazem e vai ter lucro. O desafio consiste em estar sempre a inovar e a mudar, concretizando este conceito simples ao longo do tempo. A execução é difícil, dispendiosa, arriscada e, por vezes, dolorosa. Requer disposição emocional, intelectual e moral para antecipar, explorar e agarrar rapidamente as oportunidades que o mercado em mudança traz.

Sim, a paixão é extremamente importante para os negócios hoje em dia, como em qualquer outro aspecto na vida. E, obviamente, aqueles que realmente se importam e que se sentem genuinamente excitados com o que fazem, vão ter uma vantagem sobre os outros. Mas o sucesso no mercado tem pouco a ver com o que se quer ou com o que se gosta de fazer. Antes, tem tudo a ver com estar em sintonia e concentrado nos outros. Ou, pondo as coisas de outra forma, "Faz aquilo de que gostas, com aquilo de que gostas, e o dinheiro vai entrar."

Por: Tom Asacker é consultor independente, professor universitário e autor de vários livros sobre marketing, branding e empreendedorismo
Fonte: http://portal-gestao.com

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