Segundo alguns especialistas, vivemos a era do relacionamento. Mas que "era" é essa? Como as pessoas e as empresas são influenciadas por ela?
A era do relacionamento é o período histórico onde o relacionamento entre as pessoas, independente do objetivo deste relacionamento, é fator crítico de sucesso para um ou ambos os envolvidos.
Num mundo dominado pelo capitalismo, onde as metas individuais e coletivas são cada vez mais agressivas, o aumento de produtividade e lucratividade são exigências para sobrevivência, e o individualismo e consumismo se uniram criando - como parâmetro de inclusão - a capacidade de compra do indivíduo, não é de se estranhar que a competitividade, a deterioração dos recursos naturais e a banalizações das relações humanas se tornassem críticas e ameaçadoras.
Em nosso país, a busca por relacionamentos de qualidade capazes de proporcionar o sentimento de pertença à sociedade, item fundamental para a saúde mental de cada um, faz com que toda e qualquer campanha publicitária ligada à aceitação, ou ainda, qualquer ferramenta de relacionamento, se torne algo fenomenal e uma verdadeira ferramenta potencializadora de vendas e mais lucro. Um exemplo disso é sucesso do orkut, a crise de instituições sociais fundamentais como a família e, como era de se esperar, na grande maioria das empresas a falta de qualidade no relacionamento entre empresas e seus colaboradores.
Ironicamente, o capitalismo se vê cercado por desafios criados por ele mesmo. A conquista e a manutenção do relacionamento entre as empresas e seus clientes tem hoje como fator crítico de sucesso, o relacionamento qualificado que entendo como a capacidade da empresa de atender bem e resolver de maneira rápida, transparente e limpa os problemas e dificuldades que porventura apareçam entre a empresa - seus produtos e serviços - e seus clientes.
Responsabilidade social deveria ser uma consciência e um dever natural, pois garante a nossa própria sobrevivência. Precisou surgir, no mundo inteiro, leis que obrigassem as instituições a providenciarem tudo o que é necessário para que as pessoas possam continuar existindo, ou seja, que o planeta sobreviva, que a educação seja aprimorada, que os profissionais sejam capacitados, e que as pessoas sejam bem tratadas. Não há veracidade no tratamento adequado a um cliente se a empresa não trata bem seus colaboradores e parceiros.
A LEI Nº 8.213 conhecida como lei de cotas, é mais um exemplo. Obrigando as empresas com mais de cem (100) funcionários a contratarem até 5% de pessoas com deficiências, esta LEI obriga as pessoas e corporações a fazerem o que deveria ser rotineiro: tratar bem as pessoas!
No entanto, não basta a contratação destes profissionais para incluir sua empresa na lista das responsáveis por um mundo melhor. É necessária uma mudança na cultura da empresa para que a inclusão não se torne uma hipocrisia empresarial. Que tipo de cliente confiaria em uma empresa hipócrita?

O desenvolvimento do ser humano e a formação de um excelente profissional inclui vários tipos de treinamentos, cursos e vivências. Na era do relacionamento, profissionais capacitados são aqueles capazes de manter um relacionamento de longo prazo, com qualidade e satisfação. Servir ao cliente, máxima das equipes de vendas, torna-se realidade quando os mesmo tratam bem seus clientes internos, ou seja, seu companheiro de sessão, setor, departamento, prédio entre tantos outros.
A pessoa com deficiência ao ser empregado obriga as pessoas sem deficiências a se olharem e a se questionarem quanto a sua própria aceitação pelo mundo. Novamente nos deparamos com a necessidade de nos sentirmos pertencentes e valorizados pela sociedade. Se estas angústias não forem respondidas, a qualidade no relacionamento das pessoas será comprometida e, conseqüentemente, a qualidade de seu trabalho, sua produtividade e o lucro de sua empresa.

Mas nem tudo está perdido. Existem hoje profissionais capacitados e comprometidos com a formação integral do ser humano, incluindo capacitação técnica e comportamental, levando as empresas a criarem uma nova consciência humanitária que beneficiará diretamente seu negócio e a sociedade onde estão inseridos.

A inclusão das pessoas com deficiências não é algo a ser engolido, mas uma oportunidade dirigida para o exercício da solidariedade, a experimentação do relacionamento com o diferente e o resgate de valores humanos tão banalizados em nossos dias.
Todo este movimento começa com um primeiro passo. Simples e seguro, estes passos garantem a adequação de sua empresa à LEI Nº 8.213 com ferramentas informativas, treinamentos para pessoas portadoras ou não de deficiências e uma ampliação na qualidade de vida e de relacionamento de seus colaboradores.

Não fazer parte do problema é um fato. Fazer parte da solução é uma escolha. Você já escolheu?

Por: Adriano Bandini
Fonte: http://www.camposgestao.com.b

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