Como fazer a diferença

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Eu costumo definir os empreendedores como aquelas pessoas que fazem a diferença, que não se contentam com a mesmice e procuram deixar sua marca, criando oportunidades e inovando em seus negócios. Você pode questionar a definição e afirmar que é extremamente subjetiva, pois fazer a diferença para uns não significa o mesmo para outros. Eu concordo e acho que realmente não é simples. Este tem sido um tema sobre o qual tenho me dedicado, em conjunto com alguns pesquisadores, em um estudo abrangente sobre o que pensa e como age o empreendedor de sucesso.

Aí surge mais uma definição complicada. Quem é o empreendedor de sucesso? O Seu Manoel da padaria da esquina, que chegou aqui como imigrante, sem recursos e muito sonho e hoje se estabeleceu, conquistando uma respeitável clientela? Ou seria aquele empreendedor famoso, que construiu várias empresas do nada e hoje é referência em seu setor de atuação? Eu poderia complicar ainda mais incluindo pessoas não necessariamente ligadas ao mundo do negócio próprio, os empreendedores corporativos, e ainda aqueles esportistas que enfrentam grandes desafios e buscam a realização de outra forma.

Na verdade, buscar uma métrica única para definição de sucesso como empreendedor é algo muito complicado. Por outro lado, sem referências e métricas ficaria ainda mais difícil encontrar exemplos de sucesso para serem seguidos. E nós precisamos destes exemplos, pois motivam, inspiram e indicam o caminho para os iniciantes e mesmo os mais experientes.

No estudo que estamos realizando há mais de 3 anos temos encontrado algumas respostas bastante interessantes e que comprovam muito do que consta na teoria empreendedora. Por outro lado, alguns achados têm colocado em evidência mitos comumente relacionados aos empreendedores de sucesso. A conclusão acerca destes resultados deverá ser apresentada no início de 2007 em forma de novo livro, mas posso adiantar aqui alguns itens.

Um dos achados intrigantes e que ratifica a teoria refere-se à dedicação ao negócio. Muitos que pretendem criar um negócio têm entre suas motivações a idéia de que terão mais tempo livre, pois serão donos do “próprio nariz”, com autonomia etc. É bem provável que a autonomia será maior, mas o tempo livre será cada vez mais escasso. Mais de 50% dos participantes de nosso estudo responderam que trabalham muito, inclusive em finais de semana. Em contrapartida, a maioria se diz realizada, satisfeita e apaixonada pelo o que faz.

Nos próximos textos vou tratar de outros resultados interessantes de nossa pesquisa. Fazer a diferença não é simples, mas é necessário. O mercado está cada vez mais competitivo e o empreendedor precisa se preparar cada vez mais para buscar vencer. Iniciativa continua sendo importante, mas é preciso unir conhecimento e preparo com a identificação de boas oportunidades. É isso aí.

Fonte: http://www.josedornelas.com.br

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