Se quisermos ver e analisar o que acontece aos vencedores, basta focalizarmos nos esportes, principalmente as lutas corpo-a-corpo.

Observe, caro leitor, uma luta de box entre dois lutadores muito fortes e qualificados. Quando chegam empatados no último round, já deram o máximo de si, não estão mais nem se agüentando em pé, agarram-se para autoproteção para continuarem de pé até um deles poder acertar um golpe no queixo do outro.

Quando o golpeador sente a possibilidade de vencer, parece que ele renasce, torna-se vigoroso, energizado, seus golpes em saraivadas ficam mais certeiros e, em poucos segundos, acaba com o adversário.

Ele, que nem se agüentava em pé, agora dá voltas pulando no ringue e subindo nos cantos para erguer os dois braços, mostrar a sua aguerrida pujança e já provoca o próximo adversário... E o público vibra com ele e homenageia o seu sucesso.

O que aconteceu dentro dele? O que o vencedor tirou do seu lado instintivo e do seu cérebro animal? Calma, não é que ele seja animal! Nosso cérebro é formado por três construções: o primeiro é o básico, bem primitivo, sobre o qual os animais construíram um outro e, por último, foi construído o cérebro mais evoluído, que é o humano.

Quando o cérebro humano já não funciona mais, entra em ação o do animal. É um recurso para se manter a vida. É o que aconteceu com nossos jurássicos ancestrais humanos. Vencer os animais era um princípio para a sobrevivência. Ou eles comiam as feras ou elas os devoravam. Quando o combate era entre um homem e uma fera, muitos homens devem ter sido devorados. Então os homens resolveram unir-se e assim transformaram perigosas feras em alimentos. Eles desenvolveram armas e estratégias e se banquetearam comendo gigantescas iguarias em vez de ficarem comendo somente coelhinhos e preás inofensivos...

Estimule sua endorfina vencedora

Hoje, o cidadão não precisa mais matar as feras, mas precisa trabalhar para ter dinheiro para a sobrevivência. O ganho de dinheiro geralmente não nos dá aquela sensação de vitória, isto é, nem se usa mais tanto o cérebro animal. Mas os humanos mantiveram seus instintos por meio de lutas, competições, esportes radicais, entre outros.

Quem já jogou bingo esperando um número para completar a ''tchinqüina'' entra em estado de possibilidade de ganhar o grande prêmio e o cérebro animal já começa a funcionar, produzindo uma sensação de palpitação e ansiedade, misto de alegria e coceira no sangue, à espera do número mágico... Esse é viciante, pois não custa esforço físico.

Quando o boxeador pressentiu a vitória, imediatamente seu cérebro inundou-o de endorfina que provocou a liberação da adrenalina e testosterona, provocando o aumento dos batimentos cardíacos, a elevação da pressão arterial, uma oxigenação maior do sangue que melhora o funcionamento do cérebro para focalizar o ponto fraco do adversário, os músculos recuperam as forças, o cansaço e as dores desaparecem. Quando enfim vem a vitória com o nocaute, completa a descarga de endorfina em que é impossível parar quieto. Ele agora precisa pular, gritar, comemorar, como o Tarzan ao matar um leão soltando o ''grito das selvas''. Sente-se Deus e invencível, a ponto de já desafiar e ridicularizar o próximo boxeador.

Você, prezado leitor civilizado, já identificou por onde anda a sua endorfina vencedora? Ela estimula você a percorrer outra vez o caminho da vitória. A endorfina é a grande motivadora biológica para se manter vencedor.

Fonte: http://www.tiba.com.br

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