O desafio de ser eficaz

quinta-feira, 3 de junho de 2010


Gerir é, hoje em dia, sinónimo de pressão pelos resultados. O ambiente mais competitivo que atravessamos obriga-nos a procurar novas maneiras de organizar o nosso trabalho e o das nossas equipas por forma a darmos resposta ao desafio de ser eficaz.

Neste artigo exploramos algumas ideias deixadas por Peter Drucker sobre eficácia. Conheça-as e comece já a mudar...

Ser eficaz é o trabalho do gestor. É para isso que ele é pago. Não importa onde nem quanto tempo trabalha, a primeira coisa que se espera dele é que faça bem as coisas certas e que apresente resultados.

Embora a inteligência, a criatividade e o nível de conhecimentos sejam comuns entre os gestores, não parece haver grande correlação entre a eficácia de um executivo e estes atributos. Eles são os recursos essenciais para se ser um gestor, mas apenas a eficácia os consegue converter em resultados.
O primeiro passo para a eficácia consiste em registar onde se gasta o tempo. A análise do tempo é um trabalho mecânico e pode até ser feito por um assistente ou secretária. No entanto, permite facilmente identificar e eliminar os chamados “gastadores de tempo” e com isso obter benefícios muito rapidamente, senão mesmo imediatamente. Provavelmente ficará surpreendido com a enorme proporção do seu tempo que de repente surge do nada!. Note que este exercício implica desde logo a tomada de algumas decisões básicas e mudanças no seu comportamento, nas suas relações e nas suas prioridades. Faça-o com alguma regularidade e pese a importância relativa dos diferentes usos do tempo e dos seus objectivos. Informe-se também acerca das novas tecnologias que lhe permitem “ganhar” tempo.


O segundo passo implica pedir ao gestor que se concentre nos resultados. Pergunte-se a si mesmo: “O que posso eu fazer para melhorar significativamente a performance e os resultados da organização para a qual trabalho?”. É uma pergunta simples e directa, mas as respostas a esta pergunta devem levar a um maior nível de exigência consigo mesmo e a reflectir sobre os seus objectivos pessoais e os da sua organização. Procure desenvolver um espírito de enfoque nos resultados na sua empresa, faça com que todos compreendam quais são os objectivos e mostre qual a forma com que cada um contribui individualmente e em equipa para os resultados. A utilização de sistemas de avaliação da performance (financeira e não – financeira) poderá ajudá-lo a fazer isto de forma prática todos os meses. O enfoque nos resultados torna uma das barreiras à eficácia do gestor – a sua dependência das outras pessoas – numa força: cria uma equipa.






Outro passo em direcção à eficácia é identificar e desenvolver os pontos fortes dos membros da sua equipa. Muitos gestores pensam erradamente que determinadas pessoas podem desempenhar várias funções diferentes e ser excelentes em todas elas. Ninguém pode ser excelente em mais do que apenas uma área e mesmo as pessoas com muitos pontos fortes têm também grandes fraquezas. O segredo consiste em descobrir “qual é a área em que esta pessoa pode realmente ser excepcional?” em vez de “o que é que esta pessoa não é capaz de fazer?”. Concentre-se no talento que cada membro da sua equipa possui e procure dar-lhes tarefas que os desafiem e desenvolvam. Defina as funções de modo a serem suficientemente grandes para que as pessoas se possam expandir e ocupar todo o espaço.



Primeiro as prioridades. Para serem eficazes, os gestores fazem em primeiro lugar as coisas prioritárias e fazem apenas uma coisa de cada vez. Claro que nesta fase terá que fazer algum planeamento do seu trabalho e definir prioridades, o que implica assumir que algumas tarefas são menos importantes e terão que ser deixadas para mais tarde. Note que a concentração tem aqui um papel primordial, ela é o “segredo” da eficácia. A concentração implica muita auto – disciplina e a capacidade de dizer “Não”.

O auto desenvolvimento do executivo eficaz é central para o desenvolvimento da organização, seja ela qual for. Enquanto os executivos trabalham para serem eficazes, aumentam o nível da performance de toda a organização. Como resultado, a organização não só se torna capaz de fazer melhor mas também se torna capaz de fazer coisas diferentes e aspirar a diferentes objectivos.

O desenvolvimento de executivos eficazes faz com que os olhos das pessoas que trabalham na organização se elevem da preocupação com os problemas para uma visão de oportunidades, da preocupação com as fraquezas para a exploração das forças. Ora quando isto acontece, a organização torna-se atractiva para as pessoas com altas capacidades e aspirações, e motiva as pessoas para uma melhor performance e dedicação.

As organizações não são mais eficazes por terem pessoas melhores. Elas têm melhores pessoas porque as motivam para o auto desenvolvimento através dos seus padrões, hábitos e clima. Estes por sua vez resultam da auto formação sistemática e objectiva dos indivíduos em quererem tornar-se executivos eficazes. Como tal, a Eficácia tem de ser aprendida!

Fonte: http://portal-gestao.com

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