As mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho. E ainda ganham aproximadamente 25% menos que os homens que desempenham funções semelhantes.
No caso de profissionais com curso superior, a diferença é ainda maior. Vale lembrar que esse não é um fenômeno brasileiro. Na Alemanha, na Inglaterra, a disparidade salarial também existe e também está por volta de 25%.
Essa situação, porém, muda de figura quando olhamos não para os números estáticos do presente, mas para a evolução registrada nas últimas 4 décadas.
No Brasil, em 1970, apenas 18% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho. Atualmente esse número está próximo de 50% e já bateu em 55% na Grande São Paulo.
Outra mudança vital foi a transição feminina de ter um emprego para construir uma carreira. Até a década de 1970, a maioria das mulheres parava de trabalhar antes dos 35 anos para cuidar da casa e dos filhos. Atualmente, a maioria delas pretende conciliar as atividades domésticas e profissionais.
A raiz dessa mudança está na revolução social e cultural que ganhou força mundial, e principalmente no Ocidente, na década de 1960. As jovens daquela década, que lutaram pela igualdade de direitos com os homens, romperam com o passado de prendas domésticas e educaram suas filhas para pensar em uma carreira.
O resultado pode ser visto agora, em nossas universidades. Na média geral de todos os cursos, há mais mulheres matriculadas do que homens. Mas há um outro dado que ajuda a explicar a contínua ascensão profissional das mulheres. É algo que na vida profissional nós chamamos de foco, e no futebol, de atitude. Aquela vontade de entrar no jogo para ganhar.
A meu pedido, duas universidades paulistanas gentilmente fizeram um levantamento de faltas letivas no ano passado. Em média, os alunos homens faltaram a 17% das aulas. E as alunas mulheres, a 7%.
É apenas um dado, mas é um dado muito significativo porque essa atitude de seriedade, que começa cedo na escola, se entenderá, depois, à vida profissional.
Max Gehringer, para CBN.
Fonte: http://estou-sem.blogspot.com
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