O início de um novo empreendimento sempre será cercado por dúvidas, mesmo considerando que todo o planejamento foi baseado em estudos e pesquisas, observando negócios já em funcionamento, a partir dos quais se aplicou as devidas inovações, que em tese serão o diferencial competitivo deste novo negócio.

Até que as portas sejam abertas e os clientes possam experimentar a novidade que esteja sendo oferecida a ansiedade toma conta.

O sucesso ou fracasso será medido a partir do fluxo de clientes e de quanto sobrará no final do mês no caixa, após pagar todas as contas.

Só faz sentido iniciar um novo empreendimento se for para se diferenciar dos já existentes no mesmo ramo de atividade e para ter lucro, caso contrário a exposição ao risco será extrema e poderá comprometer todo o capital e desperdiçar horas de dedicação.

Essa tal diferenciação deverá ser buscada naquilo que possibilite agregar valor ao produto final, seja inovando através:

- do produto (O café da Starbucks e o Ipod )
- nos processos (atendimento diferenciado ou nova forma de fabricar)
- nos preços (a mais perigosa de todas as alternativas)

Diversos são os negócios que são iniciados sem uma única diferenciação, apenas copiam os demais e abrem as portas para competir naquilo que deveria ser a última opção em termos de estratégia, “a redução de preços”.

É pura repetição, mais do mesmo.

Inúmeros foram os empreendimentos que conheci que utilizavam essa como sendo a única estratégia que possuíam, desconhecendo por completo os cálculos de formação de preço de venda e concedendo descontos que chegavam a 20% do preço para pagamento a vista.

Uma loucura!

Quanto mais vendiam, mais perdiam dinheiro, consumiram todo o capital próprio, tomaram recursos de terceiros e se endividaram ao máximo, até comprometer o funcionamento da empresa.

A grande maioria desses negócios foi vendida ou tiveram suas atividades encerradas de forma traumática, empregados demitidos sem receber salários, impostos atrasados, calote nos fornecedores e um sonho destruído, o de se tornar um empreendedor de sucesso.

- Precisa ser assim ou poderia ser diferente?

Quando analiso a quantidade de negócios que fracassam, comparado com os riscos de se investir na bolsa de valores, arrisco dizer que, dependendo do negócio que se pretende abrir, aplicar na bolsa é mais seguro e uma opção infinitamente melhor.

- Como assim?

- Explico melhor:

A grande diferença entre um novato aplicador na bolsa de valores e um candidato a empreendedor é que o primeiro aceita como premissa básica que pouco sabe e que precisará de ajuda de um profissional experiente para aumentar suas chances de ter retorno financeiro, além de estudar o mercado de ações ele geralmente tem a humildade como ponto de partida.

Dente os empreendedores novatos que conheci poucos são aqueles que admitem que pouco ou nada sabem sobre a gestão de um pequeno negócio e que precisarão de ajuda e de novos conhecimentos.

Muitos dos novos empreendedores se amparam em experiências profissionais anteriores, como empregado, para justificar que já estão quase prontos.

Retornando ao investidor de primeira viagem, se bem orientado por uma corretora séria, e com uma carteira de ações equilibrada, apesar dos riscos, o capital estará relativamente seguro e os ganhos virão no médio e longo prazo.

A maturidade empresarial só é adquirida com a experiência e tempo, pena que alguns pagam um preço muito alto para conquistá-la.

Se você não se sente seguro para investir num novo negócio, trabalhe melhor a sua idéia e faça como o novato investidor em bolsa de valores, procure ajuda e novos conhecimentos, esse tempo dedicado ao aprendizado será valioso e contribuirá para um começo de empreendimento mais estruturado.

Enquanto isso, os seus recursos financeiros poderão estar em aplicações seguras, com baixo risco como CDB e fundos de renda fixa, protegidos e aguardando o momento correto para financiar o seu novo negócio.

Fonte: http://blog.blogdoempreendedor.com

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