Por um natal ecológico

terça-feira, 22 de dezembro de 2009


Você pode ver o Natal uma festa religiosa – a mais importante efeméride do cristianismo – comemorando-o de forma meditativa e respeitosa, naturalmente alegre, pelo seu significado de promessa renovada de uma Nova Era, mais promissora para a humanidade.
Ou você pode ser ateu e ver no Natal uma data de congraçamento, de reunião da família, de reencontro de amigos, de despojamento das pequenas diferenças que eventualmente tenham anuviado, durante o ano, o espírito de solidariedade, comunhão e colaboração que deveria presidir sempre a todos os nossos atos sociais e familiares.
Ou você pode ser apenas um pragmático e ver na data do Natal simplesmente uma boa ocasião para o descanso e a meditação, isolamento e introspecção, uma oportunidade de auto-avaliação, de crítica de eventuais erros cometidos e de planos para a obtenção futura de melhores resultados...
Mas o que você não pode – ou pelo menos não deve fazer – é ver o Natal um momento de aborrecida infelicitação, representado por obrigações indeclináveis de comprar presente – independente da vontade de presentear;
...de visitas amigos – independente do desejo de encontrá-los;
... de reatar velhos conhecimentos – apenas pelos benefícios e vantagens que possam lhe trazer;
... de exibir riqueza, poder, esbanjamento em festas espetaculares que não lhe trarão nenhum prazer e que – pode estar certo – não criarão, perante o seus semelhantes, nenhuma admiração genuína, mas apenas o despeito que é sempre causado pela ostentação ruidosa.
O que você não pode – ou não deve fazer, finalmente -, é esbanjar o que os outros têm pouco; jogar no lixo o que poderia saciar a fome de alguns; malbaratar o que aos outros custa muito conseguir; destruir o equilíbrio das relações sociais e familiares pela imposição de opiniões destrutivas, pela oposição de idéias criativas, pelo derrotismo e pelo autoritarismo...
O Natal é a oportunidade que temos, anualmente, de reconstituir o nosso Ambiente Familiar e Social!
Bom Natal a todos.

(o Prof. Samuel Murgel Branco escreveu este artigo para programa de rádio em 14 de novembro de 2003, duas semanas antes de seu falecimento. A publicação dessa crônica, além de sua beleza e profundidade, tem também a intenção de render uma singela homenagem á sua memória – Alexandre Pelegi)

Por: Samuel Murgel Branco
Fonte: http://www.via6.com

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